Memória

—  O que é a memória?

◦      Capacidade de lembrar um poema;

◦      Reconhecer um rosto quando necessário;

◦      Visão vaga de um evento antigo;

◦      Habilidade para andar de bicicleta;

◦      Saber que as chaves do carro estão sobre a mesa. 

Esses fenômenos têm em comum o fato de envolverem o aprendizado e a reconstrução parcial ou total de uma experiência passada.

·         Na aprendizagem os neurônios acionados em conjunto para produzir determinada experiência são alterados e tendem a disparar juntos novamente.

·         O disparo conjunto posterior reconstrói a experiência original, produzindo uma “lembrança” desta.

·         Recordar aumenta a probabilidade de os neurônios envolvidos dispararem de novo; a reconstrução repetida de um acontecimento torna-o mais fácil de ser lembrado.

Memórias de curto prazo ficam conosco apenas pelo tempo necessário.

Ex: Número de telefone utilizado apenas uma vez, essas memórias são mantidas na mente por um processo da memória de trabalho.

Memórias de longo prazo podem ser lembradas por anos, ou até décadas depois.

Entre esses extremos, temos muita memória de médio prazo, que podem durar meses ou anos e por fim desaparecer.

Muitos fatores diferentes determinam se uma experiência ou item do conhecimento é destinado a ser uma memória de curto ou longo prazo. Eles incluem o conteúdo emocional, a novidade e o montante de esforço que fazemos para memorizar.

Memória Episódica

—  Reconstrói experiências passadas, incluindo sensações e emoções; estas geralmente se desenrolam como em um filme e são vivenciadas a partir de um ponto de vista pessoal.

—  As partes do cérebro envolvidas na memória episódica dependem do conteúdo da experiência original. Vivências altamente imagéticas, por exemplo, ativam as áreas visuais do cérebro; já a recordação da voz de alguém ativa o córtex auditivo. 

Memória Semântica

—  É o conhecimento factual e impessoal  “autônomo”.

—  São eventos que, um dia, podem ter tido um contexto pessoal, mas agora permanecem como simples conhecimento.

Por exemplo, o fato de o homem ter andado uma vez na Lua, que pode ter sido parte de sua experiência pessoal, é agora apenas “conhecimento”.

Memória de Trabalho

—  É a capacidade de manter a informação na mente apenas pelo tempo suficiente para usá-la.

—  Situado nos lobos frontais, o executivo central mantém um plano de ação enquanto acessa itens do restante do cérebro. Há também duas alças neurais, para informação visual e para a linguagem; elas funcionam como um bloco de rascunho, mantendo os dados temporariamente até que sejam apagados pela tarefa seguinte. 

Memória procedimental

—  As memórias procedimentais do “corpo” englobam as ações aprendidas.

-Como andar ou nadar.

Memórias implícitas são as que não temos consciência. Elas afetam nossas ações de maneira sutil. Por exemplo, desgostar de uma pessoa, pois nos lembra alguém desagradável.

Formação da memória

Esse processo possui vários estágios espontâneos, desde a seleção inicial e retenção de informações até a recordação e, algumas vezes, as mudanças ou a perda de memória. Cada estágio possui características particulares – e as coisas que podem dar errado.

A percepção de uma experiência é gerada por um subgrupo de neurônios que disparam em conjunto. A descarga sincrônica torna esses neurônios inclinados a dispararem juntos de novo no futuro, tendência conhecida como “potenciação”, que a recria experiência original. Se os mesmos neurônios disparam juntos com freqüência, podem se tornar sensíveis de forma permanente uns aos outros; quando um disparar, os outros também o farão - processo conhecido como “potenciação de longo prazo”.